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07 de maio - Dia da Luta Contra a Endometriose

Endometriose: Entenda a Condição Silenciosa que Afeta Milhões de Mulheres


Útero com focos de endometriose
Útero com focos de endometriose

A endometriose é uma condição crônica em que o tecido semelhante ao endométrio — o revestimento interno do útero — cresce fora dele, em órgãos como ovários, trompas, intestino ou bexiga. Esse tecido durante o ciclo menstrual causa inflamação, dor e, em alguns casos, aderências que afetam a saúde reprodutiva.


No Brasil, estima-se que 10% a 15% das mulheres em idade reprodutiva, cerca de 6 a 8 milhões, convivam com a doença. Ainda assim, o diagnóstico pode levar de 4 a 11 anos, um atraso que compromete a qualidade de vida e reforça a importância da conscientização.


O Que Causa a Endometriose?

As causas exatas ainda não são totalmente conhecidas, mas fatores como menstruação retrógrada (quando o sangue menstrual flui para a cavidade pélvica), predisposição genética, desequilíbrios hormonais e alterações imunológicas estão associados. Mulheres com histórico familiar de endometriose ou que apresentam ciclos menstruais intensos têm maior risco.


Sintomas: Quando Suspeitar?

Os sintomas variam, mas os mais comuns incluem:

  • Cólicas menstruais severas que não melhoram com analgésicos comuns;

  • Dor pélvica crônica, que pode se intensificar durante a menstruação;

  • Dor durante relações sexuais;

  • Alterações intestinais ou urinárias durante o período menstrual (como diarreia, constipação ou dor ao urinar);

  • Dificuldade para engravidar, já que a endometriose está associada à infertilidade em cerca de 30% a 50% dos casos.


Algumas mulheres, porém, podem ser assintomáticas, o que torna o diagnóstico ainda mais desafiador.


O Desafio do Diagnóstico


A demora no diagnóstico, que no Brasil pode chegar a 7 anos em média, ocorre porque os sintomas são frequentemente confundidos com cólicas normais ou outras condições. Além disso, a falta de acesso a exames especializados, como ultrassom transvaginal com preparo intestinal ou ressonância magnética pélvica, e a minimização da dor menstrual por pacientes e até profissionais de saúde contribuem para o atraso.


Tratamentos e Cuidados

Embora não haja cura, os tratamentos podem aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida. As opções incluem:

  • Medicamentos hormonais, como pílulas anticoncepcionais, DIU hormonal ou injeções.

  • Fisioterapia Pélvica para controlar a dor, liberação de aderências, melhora da função sexual e redução dos sintomas miccionais e evacuatórios.

  • Acompanhamento multidisciplinar, com ginecologistas, fisioterapeutas pélvicos, nutricionistas e psicólogos.

  • Cirurgia para remover lesões em casos graves;


Mudanças no estilo de vida, como uma alimentação anti-inflamatória e exercícios físicos adequados, também podem ajudar a gerenciar os sintomas.


Impacto e Conscientização


A endometriose não afeta apenas o corpo, mas também a saúde mental e a vida social. A dor crônica e a incerteza do diagnóstico podem levar a ansiedade, depressão e isolamento. Por isso, a conscientização é crucial.


Se você sente dores intensas ou outros sintomas persistentes, não normalize o sofrimento. Procure um ginecologista especializado em endometriose e pergunte sobre exames específicos. Converse com outras mulheres, busque apoio em grupos de pacientes e informe-se. Sua saúde é prioridade!


Juntas, podemos quebrar o silêncio e garantir que mais mulheres recebam o diagnóstico e o cuidado que merecem. 💜

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