Vaginismo: Entendendo, Acolhendo e Tratando
- Dra. Luanna Saraiva
- 12 de mai.
- 2 min de leitura
Hoje vamos falar sobre um tema importante, mas ainda pouco discutido abertamente: o vaginismo.
O que é Vaginismo?

O vaginismo é uma condição em que os músculos do assoalho pélvico, especialmente ao redor da vagina, se contraem involuntariamente, dificultando ou impossibilitando a penetração (tanto sexual, como para introdução de absorventes, preservativos ou durante consultas e exames ginecológicos).
Essa reação não é algo que a pessoa controla conscientemente. É como se o corpo "se fechasse" em resposta a um estímulo, muitas vezes ligado a fatores emocionais, físicos ou psicológicos.
Sintomas do Vaginismo
Dor ou desconforto durante tentativas de penetração.
Sensação de "bloqueio" ou impossibilidade de permitir a penetração.
Tensão muscular na região pélvica.
Ansiedade ou medo relacionados a situações que envolvam penetração.
Possíveis Causas
O vaginismo pode ter diversas origens, e cada caso é único. Algumas causas comuns incluem:
Fatores psicológicos: Traumas sexuais, experiências negativas, ansiedade, medo de dor ou crenças culturais sobre sexualidade.
Fatores físicos: Infecções, lesões ou condições como endometriose que causam dor na região pélvica.
Fatores emocionais: Estresse, problemas de relacionamento ou baixa autoestima.
Falta de informação: Mitos sobre sexo ou desconhecimento do próprio corpo.
Muitas vezes, o vaginismo é resultado de uma combinação desses fatores. Por isso, um diagnóstico cuidadoso é essencial.
Como Tratar o Vaginismo?
A boa notícia é que o vaginismo é tratável! Com o acompanhamento certo, muitas mulheres superam a condição e recuperam a confiança em seus corpos.
Fisioterapia pélvica: aqui após uma avaliação gentil e individual, é iniciado um protocolo para relaxar os músculos do assoalho pélvico e melhorar a consciência corporal. Possibilitando a penetração sem dor.
Terapia psicológica: A terapia cognitivo-comportamental (TCC) ou outras abordagens ajudam a lidar com ansiedade, traumas ou crenças limitantes.
Apoio médico: Um ginecologista pode investigar causas físicas e orientar sobre outros recursos.
Educação sexual: Aprender sobre o próprio corpo e a sexualidade pode ser libertador e reduzir medos.
Além disso, o apoio de parceiros, amigos ou grupos de apoio pode fazer uma grande diferença. O diálogo aberto e sem julgamentos é fundamental.
Você Não Está Sozinha
Se você vive com vaginismo, saiba que isso não define quem você é. É apenas uma parte do seu caminho, e há muitas formas de buscar ajuda.
Lembre-se: seu corpo merece respeito, paciência e cuidado. Não se sinta pressionada a seguir um ritmo que não é o seu.
Cada pequeno progresso é uma vitória!
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